Foto: Divulgação da Série da Netflix, estrelada por Dan Buettner
Faz algum tempo que não escrevo nada aqui… e não é por falta de assunto, na verdade é pelo contrário: são tantos que nem sei como começar, mas em breve vou colocar tudo em dia por aqui. Tem muita novidade, porém a convite de um amigo vou compartilhar um pouco sobre algo que tenho feito pouco e quando fazemos é tudo cheio de sentido e motivo, mas esta última experiência me surpreendeu, de como podemos usar os meios de comunicação e entretenimento como ferramenta para mudar as pessoas e o mundo. Sem muita enrolação, vamos lá.
Vou contextualizar como tudo começou… Aqui em casa temos uma pequena de 3 anos (faz dia 28/9/2023) e cuidamos muito da forma que consumimos telas dentro de casa, especialmente considerando que cientificamente comprovado que já existem doenças derivadas deste tipo de consumo e já possuem até nome e CID segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria-SBP , pois, entre os 0 aos 5 anos nossas crianças são “esponjas”, absorvem TUDO, literalmente, e não possuem maturidade para gerenciar criticamente o que deve ou não ser de fato absorvido. Por isso nossa tela é recheada de coisas interessantes e estimulantes para ela… visualmente, enfim, mas vamos ao assunto.
Fonte: https://www.portalsplishsplash.com/2020/09/blue-zones-as-regioes-do-planeta-com-o.html
Pesquisando um pouco sobre o Buettner e o projeto de vida dele, chamado Blue Zones, descobrimos que o trabalho dele é gigantesco e tem muita gente que o conhece em vários lugares do mundo e já vive os impactos do que foi descoberto nestas tais “Blue Zones”.
Saber por que acordamos de manhã é um dos grandes antídotos para os baixos da vida.- Dan Buettner.
Eu sou geógrafo e quando as palavras “zona” e comportamentos “sociocultural e socioeconômico” são pauta eu fico muito atento, especialmente por ser engajado em alguns movimentos entre eles o Capitalismo Consciente na qual sou embaixador, sou Embaixador Lixo Zero, sou lider de Mudanças Climáticas pelo Climate Reality e como se fosse pouco ainda sou assíduo nas discussções sobre Economia Donut.
Fiquei impressionado como diversos pontos observados na série e no projeto Blue Zones fazem parte da reflexão dos diversos pensadores que mobilizaram os grupos que citei anteriormente. Podemos ver a forma de consumo que não é baseada em acumular e especialmente nos processos de industrialização, especialmente dos alimentos, além de falar muito na agricultura sustentável e orgânica, questões sempre abordadas pelo capitalismo consciente e o climate reality, que tratam estes assuntos como pontos de reflexão devidos aos modelos atuais gerarem impactos que poderiam ser minimizados.
A série nos coloca a refletir sobre o impacto do “conforto” a qualquer custo, que tem um preço muito alto, especialmente sobre nossas vidas. Vendo a série irão entender melhor este ponto. Mostra questões como o desenho das cidades, o que seus gestores priorizam e como isto impacta na vida de cada pessoa e quanto que mudar alguns paradigmas podem criar novos cenários de vida, de economia e de existência tanto para nós quanto para o planeta.
Considerando a forma dos consumo que é ideal para estas zonas e sua possível adaptação para construção de novas, vemos muita coisa sobre a questão da valorização do que é abundante e a importância de entender o papel desta abundância para manutenção destas regiões e todo o ecossistema ali inserido. O desperdício é próximo de zero na maioria das comunidades que se identificaram como “Blue Zones”, que é o dilema central do movimento Lixo Zero Brasil.
O final foi muito impactante, apesar de achar que temos muita coisa para ver ainda, mas tudo mostrado na série é interessante e aquece o coração de todos que são engajados por saber que não estamos sozinhos e tem muita gente por aí transformando pessoas e planetas. E em nossos movimentos e crenças não podemos perder a esperança que em breve teremos muito mais notícias boas que ruins sobre a economia coerente ao planeta que temos, desperdiçar será algo que ninguém vai entender o que é, perderemos o conceito disto, que o clima seguirá seu fluxo normal, sem pressão nossa, mas no tempo dele, geológico. E assim vamos impactar menos o planeta e melhorar a qualidade de vida das pessoas, dos locais e do mundo.
Se você gostou e ficou curioso, acessa os links, conheça além da série e do projeto Blue Zones, os movimentos que citei e que, assim como Buettner querem mudar a realidade que vivemos...comenta ai e diz que achou.
Um pouco de música...
...meio fora de contexto, mas era a ideia mesmo...afinal musica é para se divertir.
Referências:
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